Mudanças na forma de atuação das polícias

A respeito das polícias, os estudiosos do tema costumam ressaltar dois pontos principais:

  1. O primeiro, diz respeito à cultura na qual as polícias são formadas. A Polícia Militar, por exemplo, que é nomeadamente a polícia que atua nas ruas e tem contato imediato com a população, é estruturada dentro de um contexto de polícia voltada ao confronto direto. Portanto, se os policiais são desde o início ensinados a "irem para a guerra", ao atuarem no dia a dia, é assim que se comportarão: como se na guerra estivessem. Novamente, é preciso ter em mente que quando a violência se faz necessária, é porque o Estado falhou. Esse estado de "guerra" não deveria ser internalizado e aceito, mas sim rechaçado. Entretanto, é bastante claro aos especialistas que a modificação de questões estruturais dos órgãos de segurança pública é algo muito complexo de ser feito, sendo mais viável, antes disso, focar em políticas incrementais e que aprimorem o trato da polícia para com a população.

  2. O segundo ponto usualmente levantado refere-se aos investimentos feitos pelo Estado. Nesse sentido, mesmo quando a repressão for necessária, é preciso investir de forma inteligente, para que a criminalidade seja reprimida da melhor forma possível. Se no Brasil existe, por exemplo, uma grande dificuldade em encontrar os autores dos homicídios e busca-se diminuir o número de homicídios no país, parece mais urgente o investimento na inteligência das polícias administrativas (Civil e Federal) do que no patrulhamento ostensivo (pela Polícia Militar).

Fondamental

Ou seja: mesmo dentro da esfera da repressão, há diversas pautas que necessitam atenção, trabalho e aprimoramento mediante políticas públicas de qualidade.